A taxa SELIC é a taxa média ponderada ajustada dos financiamentos diários lastreados em títulos públicos federais apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (câmara de liquidação e custódia dos títulos públicos federais). A SELIC pode ser dividida em:

  • Selic Meta; e
  • Selic Over.

A Selic Meta é a taxa definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), enquanto que a Selic Over é a taxa propriamente dita no parágrafo anterior.

Para atingir a meta da taxa SELIC, o Banco Central executa políticas de mercado aberto (open market) diretamente com as instituições financeiras, conferindo maior liquidez aos bancos caso queira reduzir a taxa de juros cobradas no mercado interbancário (selic-over), ou reduzindo a liquidez caso queira aumenta-lá.

Um aumento da taxa SELIC META pode ser considerado um instrumento de controle de demanda agregada, por conta de seus efeitos adversos na economia: aumento do custo do crédito; redução do consumo de bens de alto valor agregado; redução da renda disponível; e consequente redução da inflação. Os efeitos contrários são esperados em um caso de redução da SELIC META.

No caso de uma inflação de oferta, a SELIC terá pouca influência no controle dos preços, uma vez que os choques de oferta geralmente são oriundos de crises econômicas e ou setoriais sazonais.

Em aplicações financeiras de renda fixa, tais como os títulos públicos federais, a variação da taxa SELIC também exercerá influência em suas rentabilidades. Um aumento na SELIC provocará aumento de rentabilidade nos produtos pós-fixados, enquanto que nos pré-fixados, exercerá um efeito de redução de preços, causado pela marcação a mercado de tais ativos, que poderá prejudicar o investidor que necessite de resgatar seus recursos antecipadamente. Por conta disso, investidores atentos optam por aplicar seus recursos em produtos pós-fixados quando esperam elevação da SELIC e em produtos pré-fixados quando esperam redução da SELIC. A SELIC também serve como benchmark para outros produtos de investimentos, como por exemplo: CDBs, LCIs, LCAs, LCs e etc.

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Willian Capriata

Mestre em economia e Graduado em Economia pela UFMT; certificado em CPA10, CPA20 e CEA; Investidor Qualificado; Membro do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Economia e Inovação (CNPQ); possui artigo científico publicado em revista de reconhecimento internacional: Brazilian Journal of Political Economy na área de Macroeconomia. Dedica-se a ajudar pessoas a conquistarem uma vaga no Mercado Financeiro e de Capitais.

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