swap cambial, taxa cambial, taxa de câmbio

Swap cambial: o que é e qual suas características

A crescente demanda por proteção cambial levou o BC a oferecer o chamado swap cambial como forma de evitar a aceleração da desvalorização cambial.

O swap é um contrato de balcão entre duas empresas de trocar fluxos de caixa no futuro. O contrato define as datas quando os fluxos de caixa devem ser pagos e o modo como serão calculados. Em geral, o cálculo dos fluxos de caixa envolve o valor futuro de uma taxa de juros, taxa de câmbio ou outra variável de mercado.

No caso do swap cambial reverso, o investidor paga, numa data futura, uma taxa de juros (CDI) e recebe em troca a variação do câmbio, no caso de uma desvalorização do real. Caso haja valorização, o Banco Central pagará o CDI e a apreciação da taxa de câmbio. O objetivo da autoridade monetária é conter a desvalorização do dólar. Equivale à compra futura de dólar.

Essas operações de swaps cambiais reversos são puramente financeiras, não envolvendo troca efetiva de moeda. Todavia, ocorrendo variação cambial negativa, isso resultará em ônus para o BC e ganho adicional aos bancos. A queda do preço da moeda americana nessas circunstâncias agrega uma segunda fonte de renda, a mais expressiva, para os bancos na operação.

Já o swap cambial tradicional o BC oferece o pagamento da oscilação do dólar, além de um prêmio. O investidor se compromete a devolver a diferença da taxa de juros no período. O objetivo do BC é conter a valorização do dólar. Como o investidor não precisa sair correndo para comprar dólar à vista, a demanda diminui,

Balanço de pagamentos e a balança comercial

As contas externas medem todos os valores de todas as transações financeiras e comerciais entre residentes e não residentes em um determinado período.

O balanço de pagamentos (BP) reflete o resultado entre remessas e entradas. Como o BP é um fluxo variável, se ele for positivo, haverá um aumento nas reservas internacionais e vice-versa. O valor das transações geralmente é medido em dólares norte-americanos.

O balanço de pagamentos é composto pelas seguintes contas:

  • Transações correntes (TC);
  • Conta capital e conta financeira (CA);
  • Erros e omissões (EO)

Como o objetivo é manter o balanço de pagamentos em equilíbrio, o déficit em transações correntes, por exemplo, é compensado por um superávit na conta de capital e financeiro.

Pode ser um sinal de que há excesso de investimento sobre a poupança doméstica. Nesse caso, o país está “importando” poupança externa. Da mesma forma, se há superávit em transações correntes, o país está “exportando” poupança doméstica.

As transações correntes (TC) medem as transações comerciais em bens, serviços e as transferências unilaterais (sem contrapartida). Esta conta é composta pela balança comercial (BC), pelo balanço de serviços e rendas (BSR) e pelas transferências unilaterais (TU)

A balança comercial (BC) é o saldo entre as exportações (X) e as importações (M) de bens sem os valores dos fretes e seguros. Um saldo superavitário significa que o país exporta mais que importa bens.

O balanço de serviços e renda (BSR) mensura as transações de dois componentes:

  • Serviços: transportes, viagens internacionais, serviços governamentais, pagamento de royalties, fretes, seguros etc.
  • Renda: aluguéis, salários, lucros, juros e dividendos.

A Conta capital e conta financeira (CA) é dividida em duas contas. A primeira (conta capital) mede o saldo da transferência de patrimônio entre migrantes. Por exemplo, a aquisição de mercas e patentes.

Já a conta financeira é o resultado de:

  • Investimento direto: venda e aquisição de participação duradoura no capital das empresas;
  • Investimento em carteira: transações em títulos mobiliários adquiridos no mercado secundário;
  • Derivativos: valores negociados no mercado de derivativos;
  • Empréstimos/financiamento: transação de empresas e/ou do governo brasileiro com empresas/investidores no exterior;
  • Outros investimentos: créditos de comércio.

E a conta erros e omissões (EO) representa a diferença entre o saldo do balanço de pagamentos e a soma das demais rubricas. É resultante da dificuldade de se compatibilizar transações físicas e financeiras e a partir de várias fontes de informações.

Leia também

Posts Similares